Calma pra contar nos dedos.(a respiração fica com uma frequência acelerada) Tem horas que Clarice prefere ser surda. Ouvir só o que convém. Ou melhor, que as pessoas só falassem o necessário sobre tais assuntos. Ela observa os loucos nas ruas. Eles sim são felizes. Não entendem o mundo ao redor e nem tentam entender. Nós que falamos, gritamos e tentamos entender cada vírgula, ganhamos uma ruga com cada "por que" questionado. (vira-se para o céu azul e respira fundo. Olha um passarinho namorando no fio do poste, acompanha-o com as mãos como querendo segurá-lo) - É... (pensativa) A vida está em nossas mãos.
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5 comentários:
É! E a gente, na maioria das vezes, não sabe o que fazer. Como fazer. Enfim. E vai passando. Adorei o texto! Imagens!
Beijo! Beijo!
Belíssimo e encantador, especialmente pelo final pungente e decisivo! Só não sei quanto aos loucos, não... Sua felicidade é tão efêmera como a nossa, a depender da freqüência de um novo surto... Mas muito louco entende melhor o silência que nós, com nossas palavras eternas e demoradas... Abração e apareça!
lindo texto!
Bem, como vc mesma constata, a vida, Clara, é clara se em versos nos regozijamos... se há sol ou chuva na terra da alegria? Sim, há! Para mim, que seja chuva, pois ela me alegra e me renova... para outros, que seja sol, pois ele faz irmos ao mar... Sem dúvidas, a vida está em nossas mãos!
Bela reflexão, querida!
é tão bom tê-los por aqui!!!
Aiai...
beijo em todos!!!
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